Thursday, October 13, 2005

Dia da criança



Ontem foi o dia da criança, mas essa coisa de datas pouco nos afeta. A questão mesmo é que era feriado e, então, tivemos mais tempo para passarmos juntas. E acordei com vontade de escrever sobre nós. Ainda é difícil para mim ver o quanto somos duas, ainda que esta seja a realidade absoluta. Outro dia, um amigo me perguntou como era ter filhos. Comecei com aquela coisa do amor maior do que o mundo, de que é alguém que a gente ama mais do que nós mesmos e tal. Depois falei dessa simbiose que existe e, para ilustrar, no meu jeito bem prático de ser, expliquei: é como se o meu braço estivesse correndo ali. Um pedaço de mim, mas que tem sua viva, sua personalidade, sua história. Que coisa mais louca.

Voltando ao dia de ontem, passamos uma tarde muito gostosa juntas. Depois da tua dormidinha da tarde (acho uma graça quando levantas, abres a porta e vens esfregando os olhinhos, ainda tonta de sono) fomos para Jurerê. Estava um dia lindo de sol, ainda que um pouco ventoso. Tina festa pelo dia das crianças e tu só querias ver o palhaço. Depois fomos na casa da "tia" Jeana e tu te divertiste muito correndo atrás do au-au pela grama. Tu ficas um pouco tímida no começo, mas depois se solta até demais. Pediu maçã, arrancou as flores (para nos dar, é verdade) , entrava e saía da casa sem pedir licença. A programação continuo no início da noite: fomos com tia Isa, tioMárcio e tua amiguinha Luísa na Paparella. Um barato ver vocês duas juntas, comendo pizza como gente grante. E tu ainda pediste água para o garçom!! Depois, claro, as duas quiseram sair da cadeirinha. E tu saía atrás dela para abraçar e beijar, a bagunça estava pronta - hora de ir para casa.

Nada demais, não é? É isso aí, nossos momentos são a vida mais como ela é. Duas mulheres que se amam. No carro, na volta de Jurerê, tu disseste que ama a mamãe -isso já falaste outras vezes - e completou: muuuuuito. Babei, é claro.

Uma hora estávamos sentadas no sofá - assistindo uma das tuas fitinhas, claro, haja Rei Leão! - e tu cruzaste as pernas e pegaste uma garrafinha de água. Por um momento te projetei e me imaginei ao teu lado daqui a 15, 20 anos. Parecias tão mocinha já! Me deu uma melancolia e uma certa nostalgia, aquela "saudade que eu sinto de tudo que eu ainda não vi". Como será a nossa vida? Espero que como este dia: alegre e cheio de amor.

Te amo meu bebê!

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